segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

encontros na rua


quinta-feira, 09 de dezembro, fomos para a rua
sentamos em nosso banquinho
disponibilizamos um banco para o outro
o outro que tivesse tempo para ouvir a nossa história
descobrimos que, muitas vezes, o outro quer nos contar sua própria história
necessidades
dançamos
as vozes no entorno
os olhares sobre a nossa dança...
outro espetáculo
a rua ensina
o espaço redimensiona o gesto, o movimento, a energia
tudo pode crescer
tudo está por crescer
expandir os encontros
conosco
com a dança a ser construida
com o público...
trabalho
tempo, tempo, tempo, tempo

Um comentário:

  1. Diante de tantos indivíduos a andar e comprar no centro, a primeira pessoa que surge em meio a multidão para sentar no banquinho, era uma vendedora de cadeados.
    Percebi que as pessoas mais simples dão tempo para escutar a história do outro. Será que é pela necessidade de se confortar na vida de uma menina loira, branca e arrumadinha? Ou será que é pelo companheirismo de chegar junto daquela menina solitária que apelava para alguém escutar a história dela?
    A mulher simples e com um sorriso encantador mostrou que apesar de serem excluídos, oprimidos, sofridos e invisíveis a sociedade alagoana, são pessoas de pura sensibilidade e que possuem um coração imenso.
    Naquele momento que eu era invisível diante a sociedade ela apareceu me dizendo que eu existia e que deveria lutar por eles!

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